Uma verdadeira pérola do rock brasileiro ressurgiu nas redes sociais nesta semana: Roger Moreira, vocalista e fundador do Ultraje a Rigor, publicou em seu perfil oficial uma imagem raríssima do segundo show da banda Little, nome anterior ao consagrado Ultraje a Rigor, registrada em novembro de 1981. A imagem emocionou fãs e historiadores da música nacional, resgatando um momento seminal da trajetória de uma das bandas mais irreverentes e importantes do rock nacional.

📸 A imagem do show pré-Ultraje:
Na fotografia, compartilhada por Roger com a legenda “Segundo show da banda em 1981, ainda como Little“, é possível ver os integrantes ainda nos primeiros passos da carreira. A apresentação, segundo ele, aconteceu em um ambiente pequeno e improvisado, o que era comum para bandas iniciantes da efervescente cena paulistana do início dos anos 80.
De Little a Ultraje a Rigor: a gênese de um ícone
Antes de se tornarem o Ultraje a Rigor, o grupo passou por nomes como Pimenta do Reino, The Littles, The Shittles e Fim da Picada. Foi apenas em 1982 que a banda adotou oficialmente o trocadilho que se tornaria marca registrada: Ultraje a Rigor — uma brincadeira com a expressão “traje a rigor”.
A formação embrionária contava com Roger Moreira, Leôspa (bateria), Sílvio (baixo) e Edgard Scandurra (guitarra solo) — este último também integrante do Ira!. Ainda com esse time, o grupo começou tocando covers de Beatles, punk e new wave, até que decidiu investir em composições autorais.
O início da invasão: “Inútil” e “Mim Quer Tocar”
A guinada começou em 1983, quando, já como Ultraje a Rigor, lançaram o single “Inútil/Mim Quer Tocar”, que sofreu censura e atraso, mas acabou por consagrar a banda no underground. A explosão veio em 1985, com o lendário álbum “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, o primeiro LP de rock nacional a conquistar disco de ouro e platina.
A importância da imagem para o rock nacional
A imagem publicada por Roger não é apenas uma lembrança pessoal: ela representa um capítulo crucial da história do rock brasileiro. Em um país ainda dominado por MPB e música romântica nas rádios, bandas como o Ultraje ajudaram a romper barreiras, introduzindo crítica social, irreverência e som pesado às massas.
Para os fãs e colecionadores, esse registro é tão valioso quanto um vinil raro. Ele também reforça a longevidade e importância cultural da banda, que, mesmo após mais de 40 anos, segue ativa, agora com nomes como Marcos Kleine, Bacalhau e Andria Busic ao lado de Roger.